Um dos meus artistas preferidos sem dúvida é o Miyavi, e ano passado tive a oportunidade de vê-lo ao vivo no Citibank Hall em São Paulo - SP.
Essa postagem é dedicada à ele, perdão se ficar muito grande mas é coisa de fã :D

Pra começar, Miyavi (nascido com o nome de 石原貴雅, Takamasa Ishihara em Osaka, 14 de setembro de 1981) é conhecido como o David Bowie japonês por ter a mesma fama de "camaleão", está sempre se modificando mas sem largar sua essência visual kei. Ele começou cedo aos 16 anos entrou na lendária banda Due'le Quartz onde era conhecido como MIYABI como guitarrista e backing vocal fez história tanto por ser muito novo quanto pela banda ser muito boa. Mas em 2002 apesar do sucesso a banda decide se separar, mas Miyavi não quis deixar a música e seus fãs de coração partido e no mesmo ano iniciou a sua carreira solo.
No início foi bastante chocante para os fãs verem que Miyavi apareceu completamente diferente do que ele era no Due'le Quartz, mas só visualmente, sua música ainda continha resquicios da sua antiga banda. Apesar disso ele foi bem aceito não só pelos fãs antigos mas também por uma legião de fãs novos.
Mas depois de dois álbuns bem parecidos, Miyavi se destacava mesmo era nos seus singles que não eram tão barulhentos e em 2004 alcançou o 1º lugar na Oricon (equivalente japonês à nossa Billboard) com o maxi-single Ashita, Genki ni Naare, que ao contrário da maioria dos seus trabalhos posteriores, vinha com uma atmosfera alegre e pra frente, nesse clipe vemos Miyavi jogando futebol que ele sempre afirma ser uma paixão e se não fosse por um problema na perna quando criança os caminhos dele seriam o esporte, vira e mexe o vemos com uma camisa da seleção Brasileira.
Posteriormente Miyavi assina com uma grande gravadora e muda novamente de estilo, no álbum Miyavizm, Miyavi está mais agressivo e alegre. Mas não por exigencia de gravadora, e sim porque ele é sua própria casa de criação, o álbum obviamente chocou mas também foi aclamado, é possível enxergar a evolução dele também nesse album, com vocal mais potente e guitarras mais bem tocadas.
Com apenas 3 anos de carreira solo Miyavi era um dos nomes mais fortes da música japonesa, até que em 2006 Miyavi foi chamado pela UNICEF para fazer alguns shows beneficentes nos EUA, apesar de já ser conhecido bastante overseas graças ao youtube, Miyavi não imaginava que tinha tantos seguidores no ocidente, nesse mesmo ano Miyavi finalmente largou as origens sonoras do Due'le Quartz e resolveu lançar dois albums praticamente sozinho, voz, violão, guitarra e gigpig. E ao contrário do que muitos imaginavam deu mais que certo e até quem não gostava do garoto prodígio passou a amá-lo.
De primeira ele lançou o 'MYV☆POPS' onde ele faz um rock beeeeem menos agressivo, letras que falam de amor, amizade e paz e alguns singles bem sensuais e com influências latinas como 'Señor, Señora, Señorita'. Nesse álbum inclusive está um de seus maiores sucessos, a melancólica e apaixonada Kimi ni Negai Wo.
Um mês depois do 'MYV☆POPS' ele lança o Miyaviuta ~Dokusou~, onde ele eleva sua independência ao máximo e faz o album sozinho... tanto é que o nome do álbum 'Miyaviuta' pode ser traduzido como Canção do Miyavi e esse álbum o levou a sua primeira turnê americana, onde tocou seu ritimo sexy e envolvente em várias casas de jazz na terra do Tio Sam, onde também foi vitima das lentes maldosas de alguns paparazzi.

Particularmente esse é um dos álbuns que eu mais gosto e sempre que eu tenho que apresentar o Miyavi a alguem eu mostro o clipe da primeira faixa pra pessoa. Selfish love –Aishitekure, Aishiterukara-
Como Miyavi não para quieto, no fim de 2006 anunciou que se uniria a 3 lendas do rock nipônico pra formar a super-banda S.K.I.N. que contava com Miyavi e Sugizo (Luna Sea) nas guitarras, Gackt (Malice Mizer) nos vocais e o líder e baterista Yoshiki (X Japan), podem perceber que eu já havia citado todos na introdução que eu fiz ao jrock. Infelizmente a banda só fez uma mini-turnê pelos EUA, nunca gravaram nada, mas existem alguns bootlegs.
Em 2007 Miyavi vai mais longe do que já tinha ido e dá um reboot no visual kei inventando seu próprio estilo, que apesar de já ser muito particular conseguiu se superar e criou o que ele batizou de Neo Vizualism, e se junta a 6 artistas do underground japonês e põe fim a melancolia e aos tabus presentes até nas bandas mais alegres de visual kei. Surgem então os Kavki Boiz, fazendo uma referência direta ao antigo teatro de máscaras japonês, o Kabuki, além do próprio Miyavi nos vocais e na guitarra acústica, tinhamos 6 incríveis artistas de rua.
Tyko como beatboxer, o DJ Teddy Loid, o sapateador Saro, Hige-chan no baixo, Ryo Yagamata na batera que inclusive já foi suporte do Linkin Park e até o pintor Yorke que fazia quadros e dançava durante os shows.

Daí ele lançou as duas músicas de trabalho num só single que eram 'Sakihokoru Hana no You ni -Neo Visualizm-' que nos apresentam o que é o Neo Visualizm e também nos dá uma noção plena do que é o visual kei pro Japão, e a outra nos apresenta a irreverencia do que os Kavki Boiz tinham pra nos oferecer.
Logo depois ele lançou um mini-álbum com 7 músicas que eram regravações de músicas antigas dele mesmo só que na temática Neo Visualizm dos Kavki Boiz, o cd apesar de ser só de releituras foi um estouro e logo depois Miyavi lançou o que veio a ser a sua obra prima o aclamado álbum 'THIS IZ THE JAPANESE KABUKI ROCK' que foi tão incrível que sua fama repercutiu nos outros artistas de Visual Kei que passaram a ser mais conhecidos por conta das singelas homenagens que Miyavi presta a eles, isso lhe rendeu também uma vailiosa parceria com uma das lendas do J-Rock o guitarrista Sugizo da banda Luna Sea, que já era conhecido de Miyavi do S.K.I.N.
Todo esse estardalhaço de 2007 rendeu a Miyavi a sua primeira turnê mundial, que passou inclusive por aqui em 2008.
O estrondo da passagem dele por aqui foi tão grande que Miyavi teve que fazer duas apresentações, quando só uma estava programada, mas isso não é problema afinal não é de hoje que Miyavi declara amor pelo Brasil, aproveitou e foi assistir um joguinho no morumbi.


No meio de 2009, num show no japão ele anunciou que havia se casado com a apresentadora/cantora Melody e que ela estava esperando uma filha, e também anunciou uma turnê mundial ainda maior que a de 2007-2008.
Foi em 13 de outubro de 2009 que Miyavi fez um show no CitiBank Hall em São Paulo, eu e minha namorada estavamos lá :D
Passada a turnê ele assinou com a EMI e lançou o single SURVIVE com uma pegada beeeem mais rock'n'roll do que os 3 últimos álbuns e meses depois o álbum What's My Name?

Sua nova música de trabalho TORTURE:
O seu contrato com a EMI ainda lhe rendeu uma parceria com a banda Good Charlotte na música Like It's Her Birthday dos americanos, só que a parceria foi esclusiva para a versão japonesa do novo CD do Good Charlotte, o que nos resta é esperar vazar. Mais informações nesse link
http://www.cifraclubnews.com.br/noticias/22789-good-charlotte-vai-trabalhar-com-cantor-japones-miyavi-em-novo-disco.html
Por mais que MIYAVI mude ele afirma ter muito orgulho do visual kei, e que nunca vai largar essa vertente apesar dos preconceitos e tudo mais, ele está mudando a cena e a cabeça de muitos que não suportava garotos que parecem garotas tocando. Se apenas com 29 anos MIYAVI já é o artista mais respeitado do meio imagina quando chegar a idade do seu mentor o grande Sugizo?
Desculpa o tamanho mais uma vez ;D
AAAAA MEEVS *0*
ResponderExcluirDevia ser maior por ser Miyavi... mas tá ótimo x)
~ficou muito bom o post, espero que o meevs continue crescendo em sua carreira...
e que a lovelie siga os passos do exemplo que ela tem...q
#whatsmyname?
"i'm the wolf survivin' with love" (8)
Miw, e não é que a primeira música que recomendou que eu ouvisse foi Selfish Love e a partir daí ouvi outras e me abri a um novo estilo musical, j-rock...
ResponderExcluirMas é isso ai, quando se tem um dom e se investe nisso, dá nisso...
Continue nos trazendo conhecimento, Miwa!
Ficou muito bom o post!